Roma é famosa por suas praças encantadoras, que funcionam como pontos de encontro, centros históricos e verdadeiros palcos ao ar livre. Cada praça tem sua própria história e características únicas, oferecendo um vislumbre da riqueza cultural e artística da Cidade Eterna. Descubra cinco praças icônicas que você não pode perder em sua visita a Roma.
Quanto custam os locais que falaremos no texto?
A melhor notícia é que passear por essas praças é totalmente gratuito! No entanto, algumas delas possuem atrações internas, como igrejas, museus ou fontes com acesso pago. Aqui está um resumo:
- Piazza Navona: Gratuito; iluminação noturna sem custo.
- Piazza Venezia: Gratuito; terraço no Monumento a Vítor Emanuel II a partir de €10 (R$ 53,00).
- Campo de’ Fiori: Gratuito; mercado com produtos à venda a partir de €3 (R$ 16,00).
- Piazza del Popolo: Gratuito.
- Piazza di Spagna: Gratuito; acesso à Fonte Barcaccia e à escadaria também é livre.
Qual é a moeda da Itália e qual cotação pegamos?
A moeda oficial na Itália é o euro (€). Para este texto, consideramos a cotação de R$ 5,30 por euro. Aproveite que as praças em si não têm custo e guarde os euros para cafés, sorvetes ou lembranças próximas!
Horário dos locais:
- Piazza Navona: Aberta 24h, com movimento maior entre 09h00 e 22h00.
- Piazza Venezia: Aberta 24h, terraço de 09h30 às 19h30.
- Campo de’ Fiori: Aberta 24h; mercado das 07h00 às 14h00 (de segunda a sábado).
- Piazza del Popolo: Aberta 24h, maior movimento entre 10h00 e 20h00.
- Piazza di Spagna: Aberta 24h, melhor aproveitada ao amanhecer ou no final da tarde.
PIAZZA NAVONA
A Piazza Navona é uma das praças mais vibrantes, fotogênicas e artísticas de Roma, um verdadeiro símbolo do barroco romano. O que muitos não sabem é que ela foi construída sobre as ruínas do antigo Estádio de Domiciano, datado do ano 86 d.C., que tinha capacidade para aproximadamente 30 mil espectadores e era usado para competições atléticas gregas, diferentes dos tradicionais espetáculos do Coliseu. O formato oval da praça ainda preserva exatamente as linhas do antigo estádio.
O grande destaque da praça é a deslumbrante Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios), obra-prima de Gian Lorenzo Bernini, criada em 1651. A fonte representa os quatro maiores rios conhecidos na época como símbolos dos quatro continentes: o Danúbio (Europa), o Nilo (África), o Ganges (Ásia) e o Rio da Prata (Américas). Cada figura está cheia de simbolismos: o Nilo tem a cabeça coberta, representando seu curso desconhecido na época; o Rio da Prata segura moedas, representando as riquezas do novo mundo.
De frente para a fonte está a elegante igreja Sant’Agnese in Agone, projetada por Francesco Borromini, rival de Bernini. A lenda popular conta que a figura do Rio da Prata na fonte teria o braço levantado como se protegesse da queda da fachada da igreja, uma alfinetada do artista contra seu concorrente — uma história divertida, mas falsa, pois a fonte foi finalizada antes da fachada da igreja.
O que eu encontrei em minha visita por lá?
Passear pela Piazza Navona foi mágico. As fontes são verdadeiras obras de arte, e a atmosfera é ainda mais charmosa à noite, com luzes iluminando as esculturas. Recomendo sentar em um dos cafés ao redor, pedir um espresso e simplesmente apreciar o movimento. Dica: visite também a igreja de Sant’Agnese e suba ao terraço para uma vista incrível da praça.
PIAZZA VENEZIA
A Piazza Venezia é uma das praças mais centrais e movimentadas de Roma, funcionando como um ponto de confluência de várias avenidas históricas, como a Via del Corso e a Via dei Fori Imperiali. Dominando a paisagem, ergue-se o monumental Vittoriano, também conhecido como “Altare della Patria” ou Monumento a Vítor Emanuel II, dedicado ao primeiro rei da Itália unificada.
Construído entre 1885 e 1925, o Vittoriano é feito de mármore branco de Botticino e se destaca pelos seus imponentes estátuas, colunas, escadarias e pórticos, além da famosa estátua equestre de Vítor Emanuel II, que pesa mais de 50 toneladas. No topo do monumento, duas enormes quadrigas simbolizam a unidade nacional e a liberdade.
Na base do Vittoriano, encontra-se o Túmulo do Soldado Desconhecido, com uma chama eterna em homenagem aos mortos na Primeira Guerra Mundial. Subindo até os terraços panorâmicos — acessíveis por elevadores de vidro — é possível obter uma das vistas mais espetaculares de toda Roma, abrangendo o Fórum Romano, o Coliseu, o Vaticano e além.
O que eu encontrei em minha visita por lá?
A Piazza Venezia é um lugar que transmite poder e história. Subi ao terraço do Vittoriano e a vista da cidade foi espetacular! O museu dentro do monumento também vale a visita. Dica: chegue cedo para evitar filas e aproveite para caminhar pela Via del Corso, que começa ali.
CAMPO DE’ FIORI
Conhecida por seu animado mercado matinal, o Campo de’ Fiori é uma praça vibrante, cercada por bares e restaurantes. No centro, há uma estátua de Giordano Bruno, em homenagem ao filósofo queimado na fogueira ali mesmo, em 1600. À noite, o local se transforma em um ponto de encontro para quem busca vida noturna, que praças!
O que eu encontrei em minha visita por lá?
De manhã, o mercado é uma explosão de cores e aromas. Comprei frutas frescas e experimentei queijos locais. À noite, o Campo de’ Fiori tem um charme completamente diferente, com mesas ao ar livre e música nos bares. Dica: vá pela manhã para o mercado e volte à noite para sentir as duas faces da praça.
PIAZZA DEL POPOLO
A Piazza del Popolo, cujo nome significa literalmente Praça do Povo, é uma das maiores e mais simbólicas praças de Roma. Sua configuração atual foi projetada entre os séculos XVII e XIX, com intervenções de arquitetos como Giuseppe Valadier, que a transformou em um elegante espaço neoclássico.
No centro da praça está o Obelisco Flaminio, um obelisco egípcio trazido diretamente de Heliópolis, no Egito, pelo imperador Augusto em 10 a.C., como símbolo de poder após a conquista do Egito. Com 24 metros de altura (36 metros contando com a base), é um dos mais antigos e altos obeliscos de Roma.
Nas extremidades sul da praça, destacam-se as chamadas “Igrejas Gêmeas”, Santa Maria in Montesanto e Santa Maria dei Miracoli, que, embora pareçam idênticas, possuem diferenças sutis devido às limitações do terreno. No lado norte, está a Basílica de Santa Maria del Popolo, famosa por suas obras-primas renascentistas e barrocas, incluindo pinturas de Caravaggio, esculturas de Bernini e elementos arquitetônicos de Bramante e Rafael.
O que eu encontrei em minha visita por lá?
A grandiosidade da Piazza del Popolo me impressionou. A igreja é um ponto alto da visita, com seus tesouros artísticos. Subi ao terraço do Pincio e a vista do pôr do sol sobre a praça foi inesquecível. Dica: leve uma câmera, pois este é um dos melhores lugares para fotografar Roma.
PIAZZA DI SPAGNA
A Piazza di Spagna é uma das praças mais elegantes e sofisticadas de Roma, famosa tanto pela sua beleza arquitetônica quanto pela atmosfera vibrante. Seu nome deriva da presença da Embaixada da Espanha junto à Santa Sé, estabelecida ali desde o século XVII.
O grande ícone da praça é a Scalinata di Trinità dei Monti, uma magnífica escadaria construída entre 1723 e 1726 com 135 degraus, que liga a praça à igreja Trinità dei Monti, no topo da colina. A escadaria é especialmente famosa na primavera, quando fica decorada com vasos de azaleias floridas, tornando-se um dos cenários mais fotografados de Roma.
Na base da escadaria está a charmosa Fontana della Barcaccia, obra de Pietro Bernini e seu filho Gian Lorenzo Bernini, representando um barco semi-afundado, inspirada, como já vimos, nas enchentes do Rio Tibre.
O que eu encontrei em minha visita por lá?
A Piazza di Spagna é encantadora e cheia de vida. Sentei-me nos degraus para observar as pessoas e aproveitar o ambiente. Subir a escadaria até Trinità dei Monti é uma experiência única. Dica: visite pela manhã para evitar multidões e aproveite para explorar as lojas nas proximidades.
Essas praças são muito mais do que lugares de passagem; elas são o coração pulsante de Roma. Qual delas você planeja visitar primeiro?
POR FIM
Esse relato é 100% baseado na minha experiência e nas coisas que eu conheci por lá. Ninguém melhor para lhe dizer como é, do que quem foi, não é?
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