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Por que o Equador usa dólares?
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No texto de hoje não quero escrever propriamente sobre um destino turístico ou uma cidade turística. Quero escrever sobre o Equador, e sua economia. Estou no Equador, e aqui a moeda corrente utilizada são os dólares americanos.
Nas últimas três décadas, o Equador enfrentou diversos choques externos e internos que impactaram seu desempenho econômico. Seis anos antes da dolarização, o país vivenciou eventos significativos que influenciaram seu ambiente social e macroeconômico, como a Guerra do Cenepa, que culminou com a assinatura do tratado de paz entre Equador e Peru em 1998. Além disso, o Equador assinou dois acordos com o Fundo Monetário Internacional (FMI): o primeiro, em 1994, um Stand By parcialmente cumprido, com um desembolso de 99 milhões de Direitos de Saque Especiais (DSE), e o segundo, em 2000, no valor de 270 milhões de DSE.
Nesse período, o país também foi afetado pelo fenômeno El Niño e pela queda dos preços do petróleo, que passaram de 15 para 9 dólares, além de enfrentar mudanças presidenciais que complicaram a gestão institucional.
Após a grave crise econômica de 1999, o então presidente Jamil Mahuad tomou uma das medidas monetárias mais radicais da história do país: em 9 de janeiro de 2000, o Equador adotou a dolarização. Hoje, 21 anos depois, 88,7% dos equatorianos apoiam essa medida. Mas o que explica sua popularidade?
Os três países latino-americanos que adotaram oficialmente o dólar – Equador, El Salvador e Panamá – fizeram isso em contextos muito diferentes.
Embora a dolarização tenha sido frequentemente apresentada como a solução mágica para todos os problemas econômicos, os economistas reconhecem que ela possui vantagens e desvantagens.
Política Fiscal:
Os países têm dois principais instrumentos de política macroeconômica: a política fiscal e a política monetária. Quando utilizados inadequadamente, podem agravar o ciclo econômico, mas, quando usados corretamente, podem suavizá-lo. Com a dolarização, o Equador perdeu a capacidade de implementar políticas monetárias. A única ferramenta disponível é a política fiscal, que inclui decisões governamentais sobre orçamento, impostos, despesas, investimentos públicos e subsídios.
Receita infalível?
Não, o dólar não é a “solução mágica” para todos os países em crise. A adoção do dólar no Equador inicialmente ajudou a reduzir a inflação e promoveu um crescimento econômico rápido. No entanto, esses efeitos benéficos foram de curta e média duração, já que a dolarização privou o país da soberania monetária e dificultou a implementação de políticas econômicas anticíclicas.
Antes da dolarização, a inflação no Equador, de acordo com dados do Banco Mundial, subiu de 22% em 1995 para 96% em 2000. Dois anos após a dolarização, a inflação caiu para menos de 10%.
Credor de Última Instância:
Um banco central desempenha um papel crucial ao manter o valor da moeda (isto é, manter a inflação baixa) e garantir liquidez ao sistema bancário. Sem um banco central para fornecer liquidez em momentos de pânico financeiro, os bancos podem falir, economias podem ser perdidas e uma crise de liquidez global pode ocorrer, potencialmente levando a uma recessão severa (como a Grande Depressão de 1930 nos EUA).
Distorções:
A dolarização pode distorcer os sistemas de preços internos, tornando o custo de vida mais alto para os cidadãos. Além disso, um dos efeitos negativos mais notáveis da dolarização foi a destruição da indústria local e a consequente perda de empregos. Os países que adotaram o dólar muitas vezes se tornaram economias importadoras, devido à desindustrialização.
A popularidade da dolarização entre os equatorianos também pode ser atribuída à desconfiança nas instituições do país. O Equador enfrenta altos níveis de corrupção, ocupando o 114.º lugar em um ranking de percepção de corrupção de 180 países, conforme a organização Transparency International.
Para alguns especialistas, a dolarização foi uma espécie de tábua de salvação para uma economia à deriva.
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POR FIM
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6 respostas para “PORQUE O EQUADOR USA DÓLARES?”
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