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Se você vive no sul do Brasil, a Argentina está a uma curta distância de carro. Na verdade, é muito mais fácil e econômico viajar para a capital argentina do que para o Nordeste do Brasil.
Se você nunca viajou com um pet para fora do país, pode ficar preocupado com o processo. Porém, quem já teve essa experiência sabe que é preciso atenção, planejamento e organização. Seja de avião ou de carro (como eu fiz), é totalmente possível viajar com seu animal de estimação. Para isso, fique atento aos seguintes pontos:
MASCOSTAS NA ARGENTINA
Ao levar um animal de estimação para outro país, é essencial consultar o site oficial para verificar os documentos necessários. Foi exatamente isso que eu fiz para garantir que este post seja o guia que você precisa.
Para levar um cão ou gato para a Argentina, é obrigatório obter um certificado do órgão competente do país (Ministério da Pecuária e/ou Agricultura, etc.). No Brasil, o processo é feito pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) de forma totalmente online.
Primeiro passo: obtenha um certificado do seu veterinário de confiança, com as seguintes informações sobre o seu pet:
- O animal está livre de doenças transmissíveis;
- Não apresenta sinais clínicos de doenças típicas da espécie;
- Está vacinado contra a raiva (se tiver mais de 3 meses).
O certificado deve incluir:
- Informações do proprietário: nome completo e endereço;
- Informações do animal: nome, raça, sexo, data de nascimento, tamanho e outros dados.
Além disso, o certificado deve indicar que o animal foi inspecionado nos últimos 10 dias antes da viagem e ser assinado por um veterinário com o número de registro.
Visita ao veterinário
Uma visita ao veterinário antes da viagem é obrigatória. No consultório, você deve se atentar a:
- O animal deve passar por um exame clínico no máximo 10 dias antes da emissão do Certificado Veterinário Internacional (CVI), realizado por um profissional cadastrado, atestando que ele está saudável, sem parasitas e apto para viajar.
- A desparasitação interna e externa deve ser feita até 15 dias antes da emissão do CVI, informando a data e o produto utilizado.
Condições para levar um pet em voo
O animal deve ser transportado em uma caixa de transporte ventilada, totalmente fechada e segura. A IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) exige que as caixas sejam rígidas. Algumas companhias aéreas seguem essa regra, outras não. Ainda assim, é recomendado usar uma caixa rígida, pois a companhia pode recusar o pet se a bolsa for flexível. Durante todo o voo, o animal deve permanecer dentro da caixa.
Se você estiver viajando de avião, identifique a caixa com informações visíveis, como: nome do passageiro, endereço, telefone, nome do animal e raça.
Também é importante ter consigo documentos originais e cópias dos certificados de vacinação e saúde do seu pet.
Passaporte para pets?
O Senasa (Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar) aceita o passaporte oficial como substituto do CVI. O passaporte deve ser válido e conter todas as informações exigidas (vacina antirrábica, tratamento antiparasitário e exame de saúde), endossado por um veterinário oficial da autoridade sanitária do país antes da viagem.
Passaportes sem validação oficial não serão aceitos para entrada na Argentina. Vale mencionar que, em novembro de 2023, o MAPA havia suspendido a emissão de passaportes no Brasil.
Vacinação contra raiva
Cães e gatos devem estar vacinados contra a raiva, com vacinas autorizadas pela autoridade veterinária do país de origem e dentro do prazo de validade. A primeira vacina deve ter sido aplicada ao menos 21 dias antes da entrada na Argentina.
Se o animal tiver menos de três meses, a autoridade veterinária precisa atestar sua idade e que ele não esteve em locais com casos de raiva urbana nos últimos 90 dias.
Animais provenientes de áreas livres de raiva, conforme a Organização Mundial de Saúde Animal, podem entrar sem imunização, desde que essa condição seja registrada no CVI ou passaporte.
O certificado de vacinação antirrábica não deve ser retido por autoridades na Argentina ou em outros países. Ele deve permanecer com o proprietário do animal.
Importação de animais de estimação não tradicionais (furões, coelhos, hamsters, pássaros, etc.)
Se você estiver levando outros animais de estimação não tradicionais para a Argentina, de forma temporária ou permanente, será necessário obter uma autorização de importação prévia junto ao Senasa e processar o Certificado Veterinário Internacional no país de origem.
Para mais informações, acesse: argentina.gob.ar/servicio/animales-vivos-importacion-exportacion
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POR FIM
Esse relato é 100% baseado na minha experiência e nas coisas que eu conheci por lá. Ninguém melhor para lhe dizer como é, do que quem foi, não é?
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